A gestão de resíduos nos canteiros de obras passa pela escolha de materiais e sistemas construtivos, prossegue na execução, incluindo aí a limpeza inicial do terreno e eventuais demolições e vai até a fase pós-ocupação.
Para se ter uma ideia da importância do tema, de acordo com os dados da Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção Civil (Abrecon), por ano, o nosso país produz uma média de 84 milhões de m³ de entulho. Se esse descarte não for feito de maneira correta, é possível causar uma série de problemas para o meio ambiente e também para os moradores do entorno.
O que é considerado entulho de obra?
O entulho é todo resíduo da construção civil ou de qualquer processo construtivo, como reforma, escavação ou demolição. Pode-se dizer que é um conjunto de fragmentos que contém restos de concreto, tijolo, argamassa, madeira, aço, canos de PVC, gesso, resinas, colas, tintas, telhas, vidros, plásticos, tubulações, fiações elétricas, entre outros itens provenientes do desperdício na construção, reforma ou demolição de estruturas.
Quais as principais classificações?
O entulho de obra é dividido em classificações, de acordo com o Conama nº 307/2002. As classes são:
Classe A
São resíduos recicláveis ou que podem ser reutilizados e são provenientes de construção, demolição, reformas e reparos nas edificações, pavimentação e raspagem de ruas, obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem.
Alguns exemplos são: tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento, argamassa e concreto.
Classe B
Também são resíduos recicláveis, mas formados por plásticos, papéis, metais, vidros e madeiras em geral, incluindo o gesso.
Classe C
São os resíduos que não podem ser reciclados ou recuperados, pois ainda não existe uma tecnologia desenvolvida para isso ou porque não é economicamente viável a recuperação do material por meio da reciclagem.
Classe D
São os resíduos perigosos oriundos do processo construtivo, como solventes, tintas, óleos, amianto e produtos de demolições, reformas e reparos em clínicas radiológicas, instalações industriais e outros.
Quais os riscos do descarte incorreto?
O entulho é considerado um dos grandes vilões do ambiente urbano. Seu descarte incorreto é um grande vetor de doenças como febre amarela, dengue, chikungunya. Além disso, ele também atrai insetos e roedores, como ratos, ratazanas, baratas e escorpiões.
Outro problema é quando esse entulho é descartado de maneira ilegal em córregos, rios e represas, elevando o leito, o que pode causar graves problemas a toda a população, como enchentes e riscos de desabamento das casas próximas ao leito de água.
Como fazer o descarte correto?
O primeiro passo é verificar o que pode ser reciclado ou reutilizado no entulho da obra. Após separar os elementos que não possuem essas alternativas, é hora de investir no descarte consciente. Confira algumas alternativas:
Ecopontos
São os pontos de entrega voluntária dos entulhos. O serviço é gratuito, mas é preciso confirmar antecipadamente se o município possui esse sistema de coleta. Em geral, ele também possui um limite máximo.
Caçambas
As caçambas ainda são a destinação mais tradicional para o entulho de obra. Nesse sistema, o gerador contrata uma empresa que fará a remoção dos resíduos de construção, levando-o até uma destinação adequada e regulamentada para o descarte.
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